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Projeto Pixinguinha: Cauby Peixoto e Zezé Gonzaga revivem a era do rádio em 1979

Espetáculo de repertório romântico contava também com a jovem cantora e compositora Fátima Regina

Cauby Peixoto e Zezé Gonzaga no Projeto Pixinguinha 1979

Cauby Peixoto e Zezé Gonzaga no Projeto Pixinguinha 1979

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Em 1979, os auditórios de rádio já não ferviam como nas décadas de 30 a 50, quando emissoras como a Rádio Sociedade, a Nacional e a Mayrink Veiga – entre outras – disputavam a preferência de milhões de ouvintes do Brasil todo. Mesmo assim, ainda havia espaço na preferência do público para grandes vozes acompanhadas por arranjos orquestrais em repertórios românticos, como constataram naquele ano as plateias de Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Maceió e Recife. Foi por essas cidades que, no mês de junho, o Projeto Pixinguinha apresentou um espetáculo que unia o talento da jovem cantora/compositora Fátima Regina a dois grandes nomes da era do rádio: Cauby Peixoto e Zezé Gonzaga. Veja imagens dos três artistas na galeria de imagens ao lado.

Nascida na cidade mineira de Manhuaçu (filha de uma flautista com um luthier), Zezé estreou em disco em 1949, num 78 rotações com Desci (Alcyr Pires Vermelho e Cláudio Luiz) e Inverno (Clímaco César). Pouco depois, tornou-se uma das estrelas das rádios Clube e Nacional – onde era uma das preferidas do maestro Radamés Gnattali – e em 1956 gravou seu primeiro LP, Zezé Gonzaga, pelo qual ganharia um disco de ouro.

O mesmo 1956 foi emblemático também para Cauby Peixoto, que, apesar do pouco tempo de carreira (iniciada no fim dos anos 40, como a de Zezé), já lançava o sucesso que seria uma das marcas registradas de sua vida artística: o samba-canção Conceição (Dunga e Jair Amorim). Seu outro grande sucesso, Bastidores (de Chico Buarque, escrito originalmente para a irmã caçula Cristina), só viria em 1980.

Em 1979, enquanto Cauby gravava seu 22º LP, Zezé retomava a carreira interrompida por uma década – quando se dedicou à produtora de jingles Tape (com Jorge Abicalil e o maestro Cipó) – e voltava aos discos com Valzinho, um Doce Veneno, produzido por Hermínio Bello de Carvalho. A volta era festejada por fãs, como se lia na seção de cartas do Jornal do Brasil em 14 de junho de 1979, quando o leitor Ricardo Tarantino convocava todos para ouvirem a voz que era “uma das mais lindas do país em todos os tempos”. Clique na galeria de áudios para ouvir o espetáculo na íntegra.

Aos dois intérpretes veteranos juntava-se no Projeto Pixinguinha de 1979 a jovem Fátima Regina, que, embora niteroiense de nascimento (como Cauby), iniciou sua carreira musical entre Porto Alegre e Campinas (SP), na virada dos anos 60 para 70. Naquele ano, ela lançava seu segundo compacto (o primeiro saiu em 1974) e também começava a atuar como cantora do conjunto de Roberto Carlos.

Dirigido por Érico de Freitas, o espetáculo de Cauby, Zezé e Fátima era romântico do início ao fim. Tinha canções obrigatórias dos repertórios de Cauby (como a já citada Conceição) e Zezé (Ai Ioiô, de Henrique Vogeler, Luiz Peixoto e Marques Porto), além de clássicos do gênero, como Lábios que Eu Beijei (J. Cascata e Leonel Azevedo), Da Cor do Pecado (Bororó), Molambo (Jaime Florence e Augusto Mesquita), Saia do Caminho (Custódio Mesquita e Evaldo Rui), Outra Vez (Isolda) e Ouça (Maysa). Da produção mais recente, o repertório incluía Caetano Veloso (Esse Cara, por Zezé), Kledir Ramil (Até não Mais, por Fátima) e Wando (Gosto de Maçã, por Cauby).

O trio de cantores foi acompanhado na turnê pelos músicos Berico (bateria), Cicico (violão e contrabaixo), Fogão (trompete), Jean Maurício (piano), Mirabeaux (guitarra e violão) e Neir Silva (sax e flauta).

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Comentários

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Geraldo Alves

enviado em 14 de setembro de 2012

Que maravilha! Não existe uma maneira de eu baixar essas músicas? Eu gostaria imensamente! Tenho 22 anos e sou um amante de nossa boa música.

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