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Paulinho e Canhoto abrem Pixinguinha de 78

Sambista carioca e violonista da Paraíba encantam o público com seus sambas, choros e valsas no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Belém

Canhoto da Paraíba e Paulinho da Viola

Canhoto da Paraíba e Paulinho da Viola

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    • Abra seus olhos – Paulinho da Viola

    • Coisas do mundo, minha nega – Paulinho da Viola

    • Foi um rio que passou em minha vida – Paulinho da Viola

    • Argumento – Paulinho da Viola

    • Para um amor no Recife – Paulinho da Viola

    • Visitando o Recife – Canhoto da Paraíba

    • Todo cuidado é pouco – Canhoto da Paraíba

    • Corrinha – Canhoto da Paraíba

    • Choro na madrugada – Canhoto da Paraíba

    • Mulher rendeira/ Disparada – Canhoto da Paraíba

    • Subindo ao céu – Canhoto da Paraíba

    • Com mais de mil – Canhoto da Paraíba

    • Escadaria – Canhoto da Paraíba

    • Acerta o passo – Canhoto da Paraíba

    • Cantando – Paulinho da Viola

    • Meu novo sapato – Paulinho da Viola

    • Arvoredo – Paulinho da Viola

    • Coração leviano – Paulinho da Viola

    • Perdoa – Paulinho da Viola

    • Sinal fechado – Paulinho da Viola

    • Pisando em brasa – Canhoto da Paraíba

    descer

“O show começa com Paulinho da Viola sozinho no palco, cantando acompanhado apenas do violão. Na segunda música já há participação do pianista Cristóvão Nunes e o casamento dos dois instrumentos é perfeito para o chorinho que está sendo mostrado. (…) Aí segue um contínuo desfilar de sambas e chorinhos com a marca registrada de Paulinho. Algumas músicas depois, entra Canhoto da Paraíba, exibindo uma riqueza de harmonias bastante inédita”. Assim, nas palavras de Wladimir Soares, do Jornal da Tarde (São Paulo), o Pixinguinha, o projeto carinhoso, abria a temporada de shows de 1978, em 31 de março, no teatro Dulcina, Centro do Rio de Janeiro. Paulinho da Viola fez as honras da casa e se apresentou ao lado de Canhoto da Paraíba, que pela primeira vez tocava na cidade do sambista.
Apesar de fazer música há 25 anos, Canhoto era conhecido quase que exclusivamente no Recife, onde morava. De Princesa Isabel, sertão da Paraíba, tocava violão invertido (dedilhando as cordas com os dedos da mão esquerda), dedicando-se especialmente à valsa e ao choro. Seu terceiro disco, de 1977, O violão brasileiro tocado pelo avesso, foi produzido por Paulinho. A amizade dos dois, contou Canhoto ao jornal Diário de Minas, iniciou sob a apresentação de Jabob do Bandolim, que o trouxe ao Rio em 1959. “Nessa época, Paulinho era ainda um rapazinho e gostou muito da minha música. Tanto é que ele já declarou em várias entrevistas que passou a se entusiasmar pelo violão, depois que viu o Canhoto da Paraíba tocar”.
Quando se apresentaram juntos no Projeto Pixinguinha, Paulinho já havia participado do espetáculo Rosa de Ouro, em 1965, ao lado de Elton Medeiros, Nelson Sargento, Anescarzinho do Salgueiro e Jair do Cavaquinho; vencido o Festival da Record com “Sinal fechado” e deixado registrado seu amor pela Portela em “Foi um rio que passou em minha vida”. O início da carreira ele mesmo descreveu para a imprensa: “Trabalhava num banco e um dia atendi um cliente cuja figura me parecia familiar. Era o Hermínio Bello de Carvalho que, conhecendo meu pai (o músico César Faria, do grupo de choro Época de Ouro), convidou-me para aparecer em sua casa e levar uns sambinhas. Aí eu musiquei várias letras do Hermínio e passei a frequentar o então recém-inaugurado Zicartola, restaurante que Zica e Cartola mantinham na rua da Carioca”.
A dupla Paulinho e Canhoto abriu em grande estilo o Pixinguinha de 1978, com direção de Fernando Faro, ao lado dos músicos Copinha (flauta e sax), Chaplin (percussão), Hércules (bateria), Dininho (contrabaixo) e César Faria (segundo violão). Depois do Rio de Janeiro, seguiram para São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Belém.
Para o crítico Wladimir Soares, do Jornal da Tarde, Canhoto mostrava apenas que dominava seu instrumento com o objetivo de tirar dele seu melhor produto, o som, enquanto Paulinho continuava sendo um poeta popular que faz da música uma forma de comunicação regida pela estética. “Paulinho da Viola termina o show com um novo e comovente arranjo para “Sinal fechado”. É triste? É. Mas também é lindo”, finalizou o jornalista.

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