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O Projeto Pixinguinha segundo Cida Moreira

Memórias de quatro caravanas ilustram o depoimento da cantora, compositora, atriz e pianista paulistana ao Brasil Memória das Artes

Cida Moreira, veterana de quatro edições do Projeto Pixinguinha, durante os ensaios para a turnê de 2005

Cida Moreira, veterana de quatro edições do Projeto Pixinguinha, durante os ensaios para a turnê de 2005

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“Às vezes, acontecia de eu entrar no palco e as pessoas ficarem assim: ‘Mas o que é isso? Quem é essa mulher? Esse cabelo vermelho? Essa roupa?’.” O burburinho acabava assim que Cida Moreira começava a cantar, mostrando às plateias do Projeto Pixinguinha sua versatilidade como cantora, atriz, pianista e compositora de mão cheia.

A lembrança ainda é viva na memória da paulistana Cida, veterana do Projeto Pixinguinha, que, em depoimento exclusivo ao portal Brasil Memória das Artes, relembrou experiências das quatro turnês que fez pelo país em entrevista ao jornalista Gustavo Autran. Ouça a entrevista clicando ao lado.

A primeira delas foi em 1985, quando se juntou do pianista Wagner Tiso e ao músico goiano Marcelo Barra para percorrer o Nordeste. “Juntou-se aí um elenco interessante: ao mesmo tempo peculiar e popular”, conta a artista, conhecida do público desde o show Summertime, que marcou sua estreia, em 1981. Segundo Cida Moreira, um dos pontos altos da turnê era Coração de Estudante, que ela cantava acompanhada pelo piano de Wagner Tiso – autor da canção, em parceria com Milton Nascimento. A música remetia ao presidente Tancredo Neves (era sua preferida), falecido pouco antes da turnê. “Quando eu começava a cantar ‘Quero falar de uma coisa…’, era uma comoção pública que não tem como explicar hoje em dia”.

No ano seguinte, Cida e Wagner voltariam a excursionar juntos, desta vez pela região Norte e acompanhados da novata Zélia Cristina – roqueira que mais tarde ficaria conhecida como Zélia Duncan. “Foi uma viagem esplêndida”, recorda Cida Moreira, ressaltando que a boa convivência entre todos – músicos, produtores e técnicos – foi um dos segredos do sucesso daquele espetáculo. “Nós éramos três artistas. Não tinha o principal, o isso, o aquilo. Uma coisa que eu acho que no Brasil de hoje se perdeu muito em termos de convivência artística.”

Mesmo assim, a ideia de “elenco misturado” se manteve em 2005, quando Cida voltou à estrada, novamente pelo Nordeste, desta vez com o choro carioca do Henrique Cazes Quarteto e a MPB do compositor acreano Sérgio Souto. Dois anos mais tarde, participou do Projeto Pixinguinha pela quarta vez, viajando por capitais do Norte e do Centro-Oeste ao lado do “velho parceiro de trabalho” Arthur de Faria, cantor e compositor gaúcho que, assim como ela, tem a irreverência como uma das marcas de sua carreira. “Foi uma continuação do nosso trabalho”, contou Cida ao Brasil Memória das Artes.

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